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DEIXA ELAS JOGAREM

 as mulheres e o mundo dos jogos online

Durante uma live do jogo Rainbow Six Siege a streamer LittleVelma, foi assediada por membro do próprio time após descobrir que a mesma era uma mulher. 

Machismo, misoginia e preconceito são alguns dos problemas enfrentados por mulheres que ingressam no mundo dos jogos. No vídeo acima, ao notarem que a estudante e streamer Lara "LittleVelma" Lauer, 20, era uma mulher, o jogador do time aliado a matou e no final chamou ela de “vagabunda”. A reação dela, de chorar, ficar triste, é a mesma enfrentada pela maioria da comunidade gamer feminina. Em entrevista ao site Versus, LittleVelma conta “"No momento, senti um mix de choque e perplexidade, depois um sentimento forte de impotência quando vi que os amigos que estavam comigo falaram nada”.

Lara "LittleVelma" Lauer
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“Não posso simplesmente mudar o fato que sou mulher por causa de um jogo"

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Segunda dados de 2017, da pesquisa Game Brasil (realizada pela Sioux, Blend new Research e ESPM) elas que dominam a maior fatia de jogadores, correspondendo a 53,6% dos jogadores brasileiros. Em média elas se concentram na região sudeste do país e possuem uma faixa etária entre 18 e 25 anos, tendo como principal meio de jogo o computador. Em pesquisa realizada pela reportagem, notou-se a diversidade entre as "gamers", que vão desde universitárias as jovens mães, demonstrando que não existe idade ou empecilhos que a impeçam de jogar. 

Mesmo com o maior domínio dessa área, elas ainda encontram diversas barreiras para destacarem-se de forma mais efetiva no cenário gamer e utilizam artifícios para evitar os casos de preconceitos, como utilizar apelidos (nicknames) neutros ou masculinos, jogando somente com amigos ou jogando em horários de pouco fluxo de jogadores.

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Fonte: Google Imagens

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Fonte: Shutterstock

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Fonte: Shutterstock

O rage (discurso de raiva, na gíria dos games) é extremamente direcionado aos público feminino no mundo online. Ele vai de termos leves, como “vai lavar louça”, “volta pra cozinha que é o teu lugar”, à xingamentos como “vagabunda”, “puta” e outros. Outro favor importante é o assédio sofrido, ao saberem que do outro lado da tela é uma mulher, elas recebem pedido de amizade, namoro e até fotos pornográficas, e quando ocorre a recusa, o rage reaparece. Para as mulheres, isso se torna um fato que desestimula a sua permanecia no mundo online dos jogos.

A jogadora de League of Legends (lol), Raine “raposinha kawai” Souza, 25, relata que os mais diversos rages que recebeu no jogo, são constantes, e no caso dela, por utilizar um nick feminino, é ainda pior pois os adversários adicionam para dar encima da player. Ela fala que a comunidade feminina deve se unir, reportando esses casos e tornando o “lol” um de melhor convivência. Raine 

“…mas como garota eu já fui xingada de vagabunda, puta, piranha, e que eu deveria estar fora do lol ou que deveria lavar as louças dai para baixo”

Raine “raposinha kawai”

Entrevista Raine "Raposinha Kawai" - Gabriel Chaves
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